Grupo que planejava assassinar auditor da Receita no Ceará é denunciado pelo MPF

  • 29/07/2025
(Foto: Reprodução)
Grupo é denunciado por ameaçar auditor-fiscal  O Ministério Público Federal (MPF) denunciou seis pessoas por participarem de organização criminosa suspeita de ameaçar e planejar a morte de um auditor-fiscal da Receita Federal responsável pela fiscalização de importações nos estados do Ceará, Maranhão e Piauí. ✅ Clique para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp A denúncia foi apresentada à Justiça Federal no Ceará, após investigação que identificou estratégias de perseguição, ameaças e disseminação de informações falsas contra o servidor público e seus familiares. Os crimes ocorreram entre 2023 e 2024 e tinham como alvo a Seção de Análise de Risco Aduaneiro da Alfândega de Fortaleza, responsável pela fiscalização na 3ª Região Fiscal da Receita Federal, composta pelos três estados. Segundo o MPF, o grupo atuava com divisão clara de tarefas e estabilidade, para obter vantagens financeiras por meio de importações fraudulentas, o que incluía interposição fraudulenta de pessoas nas operações, bem com subfaturamento e até contrafação de mercadorias. Entre os crimes apontados, estão o de organização criminosa, denunciação caluniosa qualificada, lavagem de dinheiro, ameaça, perseguição qualificada, falsificação de documento particular e obstrução de investigação criminal. A denúncia será analisada pela 11ª Vara Criminal da Justiça Federal no Ceará. Como funcionava o esquema Conforme o MPF, o grupo se dividia em três núcleos principais: Núcleo de comando: coordenado por um empresário apontado como chefe da organização criminosa. Ele era responsável pela coordenação das fraudes em importações e pela articulação dos ataques contra o auditor. Núcleo de intermediação: composto por dois despachantes aduaneiros. Viabilizava a entrada de mercadorias irregulares e executava ações práticas da organização, como os depósitos suspeitos na conta do servidor público, além de outras ações diretas, como as ameaças. Núcleo de apoio logístico: oferecia suporte ao grupo, como a compra do chip de celular e a preparação e divulgação de notícias falsas. Ataques ao servidor Criminosos planejavam matar auditor da Receita Federal, diz PF Marcelo Camargo/Agência Brasil As apurações do MPF indicaram que a organização adotou diferentes práticas para desestabilizar e afastar o servidor público, como obtenção e uso indevidos de dados pessoais, ameaças de morte, depósitos bancários não identificados para gerar falsa suspeita de corrupção do agente público, pressão política para mudança de lotação do servidor e divulgação de notícias falsas (“fake news”) por meio da criação e divulgação de matéria jornalista fictícia na internet. De acordo com o procurador da República Rodrigo Telles de Souza, responsável pela denúncia, o grupo agia por meio de várias estratégias articuladas, em atuação tipicamente “mafiosa”. Conforme o MPF, durante a análise do celular de um dos denunciados foi confirmado que os depósitos fracionados em espécie na conta do auditor e a ameaça de morte feita por meio de um chip telefônico – ativado com os dados da vítima – eram partes integradas de uma mesma estratégia. "As ações buscavam forjar o recebimento de propina, levantar suspeitas infundadas e comprometer a imagem do auditor perante a Receita Federal. As mensagens encontradas no celular revelaram que o grupo teria chegado à iminência de realizar um atentado contra a vida do auditor-fiscal e de seus familiares, não tendo havido autorização para prosseguimento quando os supostos executores já estariam preparados para a concretização do ato", disse o MPF. Mensagens de celular indicaram, ainda, que o grupo criminoso recorreu a apoio político para inibir a fiscalização da Receita Federal do Brasil, inclusive com a mudança de lotação do auditor-fiscal, tendo sido mencionados nesse contexto um ex-governador e ex-senador, bem como um ex-governador e atual senador, além de deputados. "Um deputado federal chegou a encaminhar aos órgãos superiores da Receita uma reclamação formulada pela principal empresa do grupo contra a fiscalização de suas importações. Em depoimento, o superintendente adjunto da 3ª Região Fiscal confirmou a realização de reuniões, a pedido de deputados estaduais, para tratar do mesmo assunto", informou o órgão. Atentado contra outro auditor-fiscal Essa não é a primeira vez que um auditor-fiscal da Receita Federal sofre um atentado no Ceará. Em 9 de dezembro de 2008, em Fortaleza, o auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil José de Jesus Ferreira foi teve o carro atacado por dois homens em uma moto. José de Jesus foi atingido por cinco tiros, sobreviveu, mas ficou com sequelas físicas e psicológicas. Na época do crime, a vítima chefiava a Divisão de Combate ao Contrabando e ao Descaminho da Receita Federal do Brasil (Direp) e havia realizado fiscalizações e apreensões de mercadorias de empresas do iraniano Farhad Marvizi, que mandou matar o auditor. Farhad Marvizi foi condenado pelo MPF a 20 anos de prisão, em 2012. Já o atirador, foi condenado em 2015 a 11 anos e 8 meses de prisão, por tentativa de homicídio. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/07/29/grupo-que-planejava-assassinar-auditor-da-receita-no-ceara-e-denunciado-pelo-mpf.ghtml


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